Detox e intox
Das mais de 50 mil substâncias químicas que são produzidas só nos Estados Unidos para o Ocidente, apenas trezentos e poucas substâncias tiveram sua segurança bem testada (Collen, 2016) e cinco dessas 300 já foram retiradas do mercado, nos deixando muitas duvidas sobre nossa real segurança ao nos expormos ás substancias químicas que estão ao nosso redor e em nosso lar.
Uma das substâncias que foi retirada do mercado por exemplo, foi o Triclosan, que desde 2017 foi proibído e estava em vários produtos, desde cosméticos até desinfetantes. O Triclosan impregnava no tecido adiposo (gordura corporal) prejudicando o emagrecimento, no sangue, no leite materno e até no cordão umbilical. O que se pode provar realmente é que existe uma correlação entre os níveis de Triclosan na urina de pessoas que possuem mais alergias, alterando muito a saúde do paciente. Também Nos anos 80, estudos feitos pelo governo na National Academy of Science (Academia Nacional de Ciências) (NAS 1984) já revelava que produtos químicos colocados no mercado, não foram suficientemente testados para garantir uma determinação completa dos seus perigos potenciais á nossa saúde.
Agora eu te pergunto:
- Como podemos ter certeza que não estamos nos intoxicando com algum produto químico que esta em nosso uso, ou inflamando nosso corpo com alguma substância química que pode nos atrapalhar até mesmo no nosso emagrecimento ou alterando artificialmente nossos hormônios?
Não temos como saber! Por mais que a ciência hoje em dia esteja evoluída, ainda temos um longo caminho a ser percorrido.
Então digo a você:
- A estratégia mais segura nos dias atuais é nos proteger, pois a exposição á intoxicação (Intox ) é inevitável!
Como nos proteger da intoxicação?
A carga tóxica de nosso corpo é determinada por três fatores:
1- Exposição á compostos tóxicos.
2- Exposição á microrganismos.
3- Capacidade de desintoxicação do corpo (cada pessoa possui uma capacidade diferente)
- Primeiro passo:
Beba água! Sem beber água suficiente seu corpo não eliminará as toxinas que estão nele, pois se a água no seu corpo for escassa ele a usará para sobreviver e não para desintoxicar e fazer a faxina que precisa no seu organismo, é como querer limpar uma casa toda suja de barro tendo apenas um balde de água. Não vai funcionar!
- Segundo passo:
Diminua o máximo possível a compra de produtos embalados, eles podem conter o que chamamos de desrruptores endócrinos, como Ftalatos e Parábenos, que aumentam o risco de doenças e desorganizam toda nossa produção hormonal.
- Terceiro passo:
Diminua alimentos empacotados e processados que vem cheios de conservantes e corantes (de preferência a produtos de sabores naturais, e sem cor artificial), estes alimentos podem desacelerar seu metabolismo além de ter impacto em outras partes no corpo, como o cérebro, por exemplo.
- Quarto passo:
Saia da obesidade, pois o tipo de tecido adiposo de uma pessoa obesa é diferente do de uma pessoa eutrófica (dentro do peso), tanto a gordura subcutânea (debaixo da pele) quanto a visceral (entre os órgãos). Só para dar uma pincelada neste assunto, a célula adiposa de um obeso é maior, mais abarrotada e transporta muito mais toxinas do que de uma pessoa eutrófica, causando inflamações tanto agudas quanto crônicas. Converse com seu nutricionista para verificar.
- Quarto passo:
Existem suplementos e alimentos que nos ajudam na desintoxicação do organismo, principalmente nosso fígado que participa de mais de 500 processos biológicos. Exemplo: NAC (N-Acetilcisteina) clorela, cúrcuma entre outros diversos… ) sempre na proporção adequada para cada pessoa para que se obtenha os benefícios “Consulte sua nutricionista”
Cuidado:
Não é todo mundo que pode fazer o uso de alguns suplementos e fitoterápicos. Pacientes oncológicos ou que já tiveram câncer por exemplo são pacientes que precisam de uma atenção especial, pois, apesar de existir tratamento nutricional para esta patologia, nem tudo é indicado, podendo prejudicá-los no tratamento da doença inclusive interferindo na quimioterapia.
Referências:
- NAS (National Academy of Sciences) (1984), “Toxicity Testing; Strategies to Determine Needs and
Priorities”, National Academy Press. - Collen, Alanna. 10% Human. Edição. Local de publicação: Sextante, Rio de Janeiro2016.287 pg.
- Bertelsen R. J et al (2013). Triclosan exposure and allergic reaction sensibilization in Norvegian children. Allergy 68:84-91