Fabiola Ferraresso Nutricionista Pindamonhangaba

Meu currículo

Sou formada em bacharel em nutrição mas antes também fiz técnico em nutrição.

Fui contemplada para realizar pesquisas cientificas através do CNPQ (Conselho nacional de desenvolvimento cientifico).

Sou pós graduada em fisiologia, metabolismo e esporte com professores renomados, como o Dr Paulo Muzy e Lancha Jr.

Mais  de cinco anos de experiência com loja de suplementos alimentares.

Fui proprietária de um restaurante de grande porte onde desenvolvi cardápios saudáveis e pizzas fit.

Hoje sou pós graduanda em transtornos psicológicos alimentares , emagrecimento e bariátricos.

Fabiola Ferraresso Nutricionista Pindamonhangaba

Como foi descobrir minha paixão pela nutrição da pior forma e o que me impulsiona a atender os meus pacientes da melhor forma.

 Alguns anos atrás sofri um grave acidente de carro, onde meu rosto se desfigurou, fiquei em coma e todo meu corpo foi prensado contra as ferragens do carro, destruindo todo meu sistema digestivo, á partir daí, surgiu meu interesse em saber mais sobre o funcionamento (fisiologia) e anatomia do corpo humano, esta máquina incrível e abençoada que nos move e todo sistema complexo que liga nossos órgãos, trabalhando em sinergia,  absorvendo nutrientes, excretando,  liberando hormônios e tudo mais. 

Se hoje estou viva para contar esta história, é o fato de eu ter encontrado anjos em meu caminho na área da saúde, pois, assim que cheguei no hospital fui dada como caso perdido, desenganada e já que não havia muitas chances de sobrevivência, chamaram um padre e eu tomei minha primeira extrema unção, ali mesmo no corredor do hospital e perdendo muito sangue. Porém, a proteção de Deus me enviou um anjo na troca de plantão que ao entrar no corredor me viu e disse que assumiria meu caso, independente de praticamente eu já estar condenada á morte e disse – “Enquanto há vida há esperança” e com um olhar humanizado, pediu que preparassem a sala de cirurgia imediatamente. A cirurgia durou horas á fio e mesmo assim as chances subiram apenas para 2% de sobrevivência, dias se passaram e eu comecei a me recuperar e meus pais se mudaram para uma pousada próxima ao hospital, onde minha mãe ficava comigo a maioria do tempo e meu pai e meus irmãos vinham nos finais de semana, pois ele tinha que continuar trabalhando para manter a casa e meus irmãos precisavam estudar, acordei do coma e aos poucos conseguia me movimentar, porém os órgãos começaram a vazar liquido intraperitoneal (dentro do abdômen) e eu desenvolvi uma ascite aguda que mais parecia uma gravidez de trigêmeos, devido à pancreatite aguda, causada pelo impacto do carro. Para quem não sabe o que é ascite, deixo exemplo abaixo.

Fabiola Ferraresso Nutricionista Pindamonhangaba

Depois de mais de um mês no hospital, me deram alta temporária para ir para casa e fazer retornos hospitalares periodicamente, para fazer a punção ou paracentese (retirada do excesso de liquido acumulado na cavidade abdominal) sempre que necessário, chegando a retirar quase 7 litros em uma única vez, em sessões cansativas e dolorosas e sem data para terminar.

Eu cheguei a pesar menos de 30 quilos, sendo que carregava uma barriga de ascite brilhante de tão esticada. Meu corpo começou a parar de reagir, me dava febre, dores, vômitos e as escaras (feridas no corpo) já eram varias, não conseguia caminhar sozinha, apenas carregada no colo pelo meu pai ou sentada em uma cadeira de rodas com um travesseiro para não machucar os ossinhos do corpo, pois toda musculatura já estava comprometida, não tinha sustentação, a falta de alimentos e nutrientes me faziam perder cabelos e os excessos de medicamento me deixavam dopada.

Resumindo: Sem músculos (para ficar de pé), desnutrida (a ponto de perder os cabelos) e sem concentração para manter uma conversa com meus familiares e amigos.

Meu pai entrou em contato com vários médicos, mas meu caso era muito difícil para a época, então recorreu ao médico que me salvou no hospital do litoral no dia do acidente, que indicou seu professor, um dos melhores gastroenterologistas do Brasil e que aceitou pegar o meu caso e me operar, porém com o valor alto de uma cirurgia tão complexa, mais dias de internações de UTI de forma particular, meu pai se propôs á vender a nossa casa e o carro para poder arcar com os custos, sabendo disso e da gravidade do meu caso, a secretária do médico ligou no dia seguinte em casa dizendo que o médico geralmente escolhia alguns casos difíceis e raros por ano e que eu serviria de estudo em um hospital escola e que me operaria sem custos, fui então transferida para este hospital com a melhor infraestrutura, mas já com infecção generalizada e os orgãos necrosando, não demorou muito meu corpo começou entrar em choque e sepse grave com quadros de muita hipotermia e tremores incontroláveis, não passou muito tempo me levaram ás pressas para mais uma cirurgia, raspando parte do fígado e operando o pâncreas colocando um dreno lateral junto com uma bolsa de coleta para paracentese, (parecida com a de ostomia) para que o liquido jorrasse nela.(exemplo abaixo)

Quase um mês me alimentando por sonda parenteral ligado a um catéter pela veia do coração até que os órgãos cicatrizassem, vários médicos, estudantes e psicólogos foram cuidar de mim e sem eles eu não estaria aqui hoje, mas uma nutricionista conseguiu chamar minha atenção, que aos poucos cuidava do meu psicológico brincando e conversando, mesmo sem eu me alimentar (foi ai que conheci o poder da nutrição comportamental) e aos poucos ia me ajudando á engolir minha primeira colher de água (com muita dor, já que não comia á semanas) depois caldo de sopa, depois gelatina, legumes, carnes e explicava o quanto cada daqueles nutrientes me fariam aos poucos recuperar minha saúde e como aquele saco da nutrição parenteral foi de extrema importância com cada um dos macros e micros nutrientes que geralmente consumimos na nossa alimentação do dia a dia e nem nos damos conta, foi capaz de me impulsionar á vida novamente e para finalizar assim que eu já estava melhor, ela havia me prometido trazer um picolé de frutas, ao qual um dia ela me viu chorar olhando o comercial na Tv sem poder ao menos beber água, e foi com este picolé que ela se despediu de mim no hospital. Foi ai então  que me apaixonei pelo poder profilático (preventivo) da nutrição e seus poderes de prevenir uma possível doença ou de tratar um paciente com uma patologia, como e quanto é importante um tratamento nutricional com muito carinho e dedicação e eu não digo isso apenas por mim, mas por diversas pessoas que conheci dentro do hospital com diversas enfermidades (diabetes, infartados, acidentados, bariátricos…) tanto na prescrição quanto no psicológico do paciente, os tratando com todo amor e cuidado que eles merecem para passar pelo tratamento, afinal de que adianta usar a frase: “Só se vive uma vez.” Se você não cuidar dela da melhor forma possível, que é o seu bem mais precioso?!  

Depois disso fiz nutrição pelo Senac (Técnico)  em 2006, trabalhei em eventos e com suplementos alimentares, abrimos nosso próprio restaurante, desenvolvi um cardápio saudável, fiz faculdade na avenida paulista em São Paulo, fui aluna condecorada com bolsa pelo CNPQ como pesquisadora sobre a associação da alimentação no estresse mental e atendo com muito amor todos meus pacientes amados. 

Hoje mesmo que você não esteja doente, se pergunte: 

– Eu estou fazendo o melhor por mim, pelo meu corpo e pela minha saúde? 

– Como esta minha imunidade?

– Eu cuido de verdade dos meus familiares?  

– Eu crio desculpas para meus desejos imediatistas? Ou eu procuro fazer algo para pensar á médio e longo prazo?

Pense você também!

Quem faz tudo o que quer hoje, acaba tendo que remediar no futuro. 

È apenas um resumo, pois a história é muito mais longa e não parou por ai, ainda teve histórias de quando fui para casa com a bolsa de dreno, histórias de milagres dentro e fora do hospital, superações, mas uma hora eu escrevo por aqui… ou estarei á disposição para trocarmos experiências de vida!

Beijo da Nutri á todas as flores do meu jardim! Pois vocês são minhas sementinhas que cuido com muito carinho até florescerem. 

Fabiola Ferraresso Nutricionista Pindamonhangaba

2006  quando todo começou…